quarta-feira, 30 de junho de 2010

Oz!


Hoje eu fiz algo engraçado...

Eu parei para pensar por uns vinte minutos, me olhei no espelho, e pensei... que doido né, você é você, esse sujeito ai de 36 anos...tipo, alguém ja parou para pensar dessa forma ? logo ao acordar, com a cara amassada, barba por fazer, ai você levanta, olha para aquela figura em forma de Dan Top ( ok, no meu caso ) e pensou... EUREKA! EU SOU EU!

Mas o que isso quer dizer na prática ? oras, que tudo o que você ja fez de bom e de ruim saiu de dentro desse corpo ai, mais conhecido como você ( no seu caso, é claro ), nós temos mãos, pernas, braços, um corpo completo, que tanta gente faz mau uso ( não mau uso no sentido de se cuidar, mas mau uso no sentido de não ser uma boa pessoa ), você esta ai, eu estou aqui, e todos temos uma missão, a de sermos felizes, mas ser feliz é um estado, que vai e vem, quando conquistamos a felicidade esquecemos que ela tem a mania de correr de nós, porque muitas vezes não damos a devida atenção a nossa própria vida, para esse sujeito que fica se olhando no espelho e pensando em quem realment é...

Normalmente a preocupação é: Estou gordo, Estou magro, Estou careca, Estou agradando as pessoas ? mas e SE AGRADANDO, você esta ? o que é mais importante ? você, ou as pessoas...

Uma reflexão realmente inusitada, logo cedo, ( isso quer dizer sóbrio né, pq se fosse depois de um monte de cerveja, ai seria suspeito, sempre me leva a momentos do mais puro prazer, é bom ser uma pessoa que tem como principais companheiros os livros, a filosofia... é bom porque assim eu entendo melhor o mundo, ou pelo menos tento entender.

Experimente, olhe-se no espelho e fale... HAHAHAHAH eu sou eu!

Pense em todas as criticas e elogios que você ja recebeu, reveja os conceitos, e sobretudo, converse com você mesmo!

"...No teatro, um homem é um príncipe, outro é um ministro, um terceiro é um servo, um soldado ou um general, e assim por diante. Tais diferenças, todavia, existem apenas superficialmente; no interior, como o âmago de tal fenômeno, encontramos o mesmo em todos, ou seja, um pobre ator com seus desejos e preocupações. Sucede exatamente o mesmo na vida. Diferenças de posição e riqueza determinam o papel de cada homem, mas certamente não existe uma diferença interna de felicidade e satisfação correspondente a esse papel. Pelo contrário, também aqui há em todos o mesmo pobre-diabo, com suas preocupações e suas misérias. Materialmente, esses podem ser diferentes em cada indivíduo, mas em sua forma – e, portanto, em sua natureza essencial – são basicamente os mesmos, com graus de intensidade que, sem dúvida, variam, mas que de forma alguma correspondem à posição e à riqueza, isto é, ao papel que cabe do indivíduo. Como tudo que existe ou acontece para um homem existe somente em sua consciência e só acontece para esta, a coisa mais essencial para um homem é a constituição de sua consciência, a qual na maior parte dos casos é muito mais importante que as formas que se apresentam nesta. Toda a pompa e prazer do mundo, espelhados na consciência embotada de um tolo, são muito pobres quando comparados com a imaginação de Cervantes escrevendo Don Quixote numa prisão miserável. A metade objetiva da realidade presente está nas mãos do destino, que toma formas diversas em cada caso; a metade subjetiva somos nós próprios, que essencialmente permanece sempre a mesma. Portanto, a vida de todo homem, do princípio ao fim, carrega o mesmo caráter, independentemente de toda mudança exterior, e é comparável a uma série de variações sobre um mesmo tema. Ninguém é capaz de ir além de sua própria individualidade. Um animal, quaisquer sejam as circunstâncias às quais esteja submetido, permanece confinado a um pequeno círculo irrevogavelmente determinado pela natureza, de tal forma que, por exemplo, nossos esforços para agradar um animal de estimação devem sempre se manter dentro dessas fronteiras exatamente devido aos limites de sua verdadeira natureza, restritos ao que esse pode sentir. Acontece o mesmo com o homem; a medida de sua felicidade possível é determinada de antemão por sua individualidade. Particularmente, os limites de seus poderes mentais fixaram em definitivo sua capacidade para prazeres de natureza mais elevada."

Câmbio, desligo!

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